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5 formas de escolher a sua próxima leitura

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Terminei um livro, hora de escolher o próximo. E agora?

Seja para quem está começando a desenvolver o hábito da leitura ou para quem já tem uma extensa lista de novas histórias a explorar, decidir qual será o livro da vez pode não ser uma tarefa tão simples.

É uma leitura de férias ou para conciliar com o dia a dia de trabalho? Queremos algo que nos desafie ou que nos leve pela mão? Tudo depende do momento que estamos vivendo, do tempo e atenção que conseguimos dedicar, do que esperamos encontrar em uma narrativa e de tantos outros fatores misteriosos que nos atraem por esse ou por outro livro. Para descomplicar essa missão, elencamos cinco caminhos para escolher sua próxima leitura.

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1- Escolha o livro pela capa

Logo de saída, uma polêmica. É claro que a gente sabe que uma capa bonita não garante uma boa história, mas acreditamos, sim, que ela tem um papel fundamental na experiência de leitura. Afinal, a capa é a interpretação simbólica de alguém que leu o livro, e isso dialoga muito com nosso imaginário. Sem falar que é um deleite para os sentidos manusear um livro com um projeto gráfico caprichado, né? Se pode ser furada escolher o título só por esse critério, também não dá para subestimar o convite envolvente que uma bela capa nos faz. Dito isso, aqui estão algumas sugestões que você pode se dar ao luxo de escolher só pela capa, se assim desejar, com a garantia de encontrar também histórias incríveis.

Migrações, Charlotte McConaghy

Uma pesquisadora de pássaros e ativista ambiental parte em uma expedição da Groenlândia, a bordo de uma embarcação de pesca, obstinada em seguir as últimas andorinhas-do-mar do Ártico em sua possível migração final até a Antártida. Em meio à complexidade das relações entre os tripulantes e em incursões pelo passado da protagonista, a narrativa aos poucos revela que ela carrega outras motivações, mais obscuras e profundas, para encarar essa jornada.

A ilha das árvores perdidas, Elif Shafak

Um romance poético e singular sobre uma garota que busca desvendar o passado de seus pais, um casal que migrou do Chipre, ilha dividida por um conflito étnico, para viver em Londres. Levada com eles para o território inglês, uma figueira é a testemunha dessa história. Uma narrativa histórica sobre o luto e a memória coletiva, marcada por um lirismo surpreendente e contagiante.

Exílio, Christina Baker Kline

Seduzida pelo filho de seu patrão, uma jovem governanta inglesa no começo do século 19 é severamente punida após a descoberta de uma gravidez. Deportada para uma colônia penal na Austrália, ela embarca em uma longa jornada no navio que a levará ao exílio. Em meio à aspereza do percurso e do novo território, a protagonista constrói laços com outras prisioneiras, busca redenção e uma chance de recomeçar.

A pequena loja de venenos, Sarah Penner

No fim do século 18, uma curandeira usa seu conhecimento para vender venenos para mulheres desesperadas em se libertar dos homens que atormentam suas vidas. Seu mundo muda por completo com a aproximação de uma nova cliente, uma adorável menina de doze anos. Nos dias atuais, uma mulher enfrenta a dolorosa dissolução de seu casamento e se vê surpreendentemente envolvida em um mistério do passado.

2- Escolha o livro pela diversidade geográfica

Se estiver na dúvida sobre sua próxima leitura, um bom critério é escolher um livro de alguma nacionalidade que você nunca tenha lido. Muitas vezes, sem se dar conta, a gente só entra em contato com narrativas de uns dois ou três países. Por que não ir além? Assim, você mergulha em uma nova história e ao mesmo tempo expande seu repertório cultural, ampliando os pontos de vista que formam seu olhar sobre o mundo. Nada como se atirar no sofá de casa e abrir um portal para outros territórios! Vamos?

O garoto do riquixá, Lao She (China)

Um jovem pobre na Pequim nos anos 1920 sonha em ser dono de seu próprio riquixá. Ele enfrenta uma dura realidade de exploração, injustiça e desilusões, enquanto lida com os desafios da vida urbana e as pressões sociais. A obra reflete sobre a luta pela dignidade e sobrevivência em meio às desigualdades da sociedade chinesa pré-revolucionária.

Lua de sangue, Jo Nesbo (Noruega)

Após se afastar da polícia, um detetive é atraído de volta ao mundo do crime para investigar uma série de assassinatos brutais em Oslo. Enquanto lida com seus próprios demônios pessoais, ele se vê envolvido em uma rede de segredos e mentiras, onde a caçada ao assassino se torna cada vez mais perigosa.

País sem chapéu, Dany Laferrière (Haiti)

Depois de vinte anos vivendo na América do Norte, um escritor haitiano volta a seu país natal e enfrenta o desafio de narrar essa experiência. À maneira de um pintor primitivo, com traço firme, cores vivas e perspectiva multifacetada, além de extrema inteligência e sensibilidade, ele conta sua perambulação pelas ruas de Porto Príncipe, seu cotidiano singular, pulsante de vida e de morte.

As montanhas cantam, Nguyễn Phan QuếMai (Vietnã)

As montanhas cantam é centrada na família Trần. Tendo como pano de fundo a Guerra do Vietnã, a narrativa é marcada pelos acontecimentos que atravessaram o núcleo familiar – desde a avó Diêu Lan, até a neta Huong. É um romance vívido que escancara os custos humanos da guerra, do ponto de vista do próprio povo vietnamita. Ao mesmo tempo, o livro nos mostra o poder e os efeitos da esperança.

3- Escolha livros de autores consagrados

Em qualquer forma de arte, é difícil falar em consenso de público, e na literatura não é diferente. Ou seja: é possível e legítimo não curtir a escrita de um autor super reconhecido pela crítica. De todo modo, ficar de olho nas premiações literárias pode ser uma bússola interessante para fazer escolhas mais certeiras – e algumas delas contemplam diversos gêneros, abrindo o leque para diferentes estilos de leitores. Nessa seleção, tem autores consagrados com o Nobel e o Booker Prize, e que já passaram pela TAG Curadoria. Dá uma olhada!

Na praia, Ian McEwan

Do vencedor do Booker Prize, este livro conta a história de um jovem casal na Inglaterra dos anos 1960, prestes a viver sua noite de núpcias em um hotel na praia. Inseguros e cheios de expectativas, eles se deparam com o peso da inexperiência, da repressão sexual e das diferenças emocionais. O romance explora de forma cômica e comovente os desencontros na intimidade e a perda da inocência, em uma reflexão sensível que é, também, retrato de uma época.

Sula, Toni Morrison

Este romance da ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura retrata a complexa amizade entre duas mulheres negras que crescem em uma pequena cidade de Ohio. O vínculo persiste ainda que suas vidas sigam caminhos opostos: Nel torna-se um pilar da comunidade negra, enquanto Sula é vista como pária. Mas uma traição imperdoável balança essa amizade. Aterrorizante, cômico, obsceno e trágico, Sula é uma obra que transborda de vida.

À beira mar, Abdulzarak Gurnah

Um homem idoso foge de Zanzibar para a Inglaterra como refugiado. Carregando segredos dolorosos, ele cruza o caminho de Latif Mahmud, um acadêmico também exilado. Do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, uma história arrebatadora de amor e traição protagonizada por dois homens que dividem um turbulento passado em comum, marcado pelas feridas do deslocamento forçado.

A mulher ruiva, Orhan Pamuk

Um jovem em busca de uma figura paterna encontra em um cavador de poços um afeto imprevisto. Contudo, o desejo e o medo do desconhecido fazem com que o protagonista tome uma atitude inesperada que mudará para sempre o rumo de sua vida. Com rara habilidade narrativa, o Nobel de Literatura Orhan Pamuk constrói mais um romance memorável sobre as relações humanas e o poder que pequenas decisões exercem em nossa trajetória.

4- Para atravessar momentos difíceis

Às vezes a gente só precisa de uma história que nos distraia da realidade e, suavemente, nos ajude a juntar os pedacinhos, sentir através dos personagens e tatear caminhos para uma conexão mais profunda com a vida. Nessa fruição despretensiosa da narrativa, quase sem querer, a gente encontra muita força. Também é essa a magia dos livros. Aqui estão quatro títulos que vão te fazer companhia, arrancar gargalhadas, lágrimas e renovar sua fé.

Os 100 anos de Lenni e Margot, Marianne Cronin

Durante aulas de arteterapia em um hospital, duas pacientes com quadros de saúde irreversíveis descobrem uma conexão intensa e imediata. Lenni tem apenas 17 anos, Margot tem 83, e ambas têm corações rebeldes. Juntas, elas somam um século, e para celebrar esse encontro inesquecível, decidem fazer uma pintura para cada ano vivido. Nesse ritual, elas compartilham memórias profundas de alegria, dor, solidão e encantamento, recuperando as cores e texturas de vidas breves e imensas.

Criaturas extraordinariamente brilhantes, Shelby Van Pelt

Uma viúva arruma um emprego em um aquário e desenvolve uma inesperada e autêntica amizade com um polvo-gigante-do-Pacífico. Ambos carregam um passado de perdas e, de forma surpreendente, conseguem se ajudar mutuamente a desvendar os mistérios e as possibilidades que persistem na vida de cada um. Um encantador, sagaz e compulsivo retrato de amizade, compreensão e esperança.

O que resta de nós, Virginie Grimaldi

Neste romance, uma viúva tem a sua vida profundamente alterada após alugar quartos de seu apartamento para dois jovens: um rapaz que trabalha em uma confeitaria e uma cuidadora de idosos misteriosa. Cada qual com sua solidão, os três colegas de casa são profundamente transformados pela convivência em grupo. 

Ela se chama Rodolfo, Julia Dantas

Em meio a uma crise pessoal, Murilo acaba de se mudar para um apartamento no qual a antiga moradora, Francesca, deixou uma tartaruga. Seguindo orientações da desconhecida, percorre os quatro cantos de Porto Alegre tentando despachar o animal. Nessa peregrinação aparentemente inocente, a magia própria dos encontros vai gradualmente transformando o protagonista.

5- Para devorar da primeira à última página

Um dos grandes prazeres de ser leitor é a sensação de não querer desgrudar de um livro. Dormir tarde por causa da história, acordar cedo para voltar para ela, dar um jeito de reencontrá-la em cada brecha da rotina. É como viver uma grande paixão, só que literária. Se você está buscando esse arrebatamento e está pronto para se deixar levar, temos dicas preciosas. Além de segurar sua mão do começo ao fim da história, esses livros trazem reflexões poderosas que vão seguir com você muito depois da última frase.

A biblioteca da meia-noite, Matt Haig

Frustrada com o rumo de sua vida, Nora vive seus dias emaranhada em ressentimentos e solidão, se questionando sobre as decisões que tomou no passado. A protagonista então se depara com uma biblioteca onde cada livro é uma vida que ela poderia ter vivido se tivesse feito outras escolhas.

Em fogo lento, Paula Hawkins

Um mosaico de personagens complicados e uma história à la Agatha Christie. No começo da trama, um assassinato misterioso levanta a pergunta que seguirá perturbando o leitor até o final da narrativa: quem matou Daniel? Cheio de reviravoltas, este thriller psicológico viaja pelo passado dos personagens para desvendar não apenas a resposta a essa questão, mas também os acontecimentos que constroem um assassino.

Lugar errado, hora errada, Gillian McAllister

Uma mãe flagra seu filho cometendo um assassinato bem em frente à casa da família. Quando acorda no dia seguinte, ela descobre que está vivendo o dia anterior ao crime. Presa em uma inversão temporal, Jen continua retrocedendo no tempo, buscando pistas para impedir o ato violento e salvar seu filho.

23 minutos, Waldson Souza

Hugo vive uma vida pacata no interior de Goiás. Certa noite, é atacado e atingido por dois tiros à queima-roupa, um deles na cabeça. Ele recobra a consciência 23 minutos depois e encontra a arma do crime ainda no chão. A partir daí, o protagonista passa a viver a mesma experiência todas as noites. Sempre no mesmo horário, por 23 minutos, não importando o lugar em que estiver, Hugo morre e volta à vida. Uma narrativa envolvente que transita entre realidade e ficção com uma mensagem poderosa.

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