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Curiosidades literárias

Conheça 5 livros sobre sequestro

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A filha do rei do pântano, enviado na caixinha da TAG Inéditos, mostra os impactos físicos e emocionais que uma vida em cativeiro pode causar. Mas não é só na literatura que existem casos chocantes de sequestro – no Brasil, foram registrados oito desaparecimentos por hora entre 2007 e 2016, resultando em 693 mil pessoas desaparecidas no período. Leia cinco livros sobre sequestro, mesclando elementos da ficção e da realidade.

Dias perfeitos (Ed. Cia das Letras, 2014), de Raphael Montes

Téo passa seu tempo dissecando cadáveres nas aulas de anatomia. Ele vai contrariado pela mãe a um churrasco, onde conhece Clarice, que não corresponde às suas aproximações amorosas. Então ele decide golpeá-la na cabeça e sequestra-la. Eles viajam de carro pelo Rio de Janeiro e Téo obriga a moça, que sonha em ser roteirista de cinema, a escrever um roteiro de filme a seu lado. Clarice, por sua vez, oscila entre desespero e resignação, presa em uma história de “amor” obsessivo e paranoico.

3096 dias (Ed. Verus, 2010), de Nathasha Kampush

Depois de passar oito anos sendo torturada e vivendo em um porão de quatro metros por três de largura, Natascha Kampush conseguiu fugir. A austríaca havia desaparecido no caminho para a escola, em 1998, quando tinha 10 anos. Ela foi sequestrada por Wolfgang Přiklopil, que cometeu suicídio em 2006 após a fuga da menina – na época, já adolescente. Tentando aprender a viver com o captor e entender a situação, Natascha escreveu, em cativeiro, um diário que serviria de inspiração para seu livro.

Stolen – carta ao meu sequestrador (Ed. Moderna, 2012), de Lucy Christopher 

Gemma é raptada aos 16 anos no aeroporto de Bangkok e levada para o meio do deserto australiano. Ty é um jovem bonito e desconhecido que planejou durante anos a nova vida dos dois. Ele pensa que, embaixo do sol quente da Austrália, longe do resto do mundo, Gemma poderá, finalmente, corresponder seu amor platônico. Este romance de estreia é escrito como uma carta de Gemma para o seu sequestrador, refletindo sobre os meses que passou reclusa – e sobre os limites entre amor e obsessão.

Libertada (Ed. Fontanar, 2014), de Michelle Knight 

Michelle Knight foi sequestrada em 2002, aos 20 anos, por Ariel Castro, um motorista de ônibus. Em 2003 e 2004, Amanda Berry e Georgina DeJesus também se tornaram prisioneiras na casa de Castro, em Cleveland. As três escaparam em 2013, encerrando um dos sequestros mais comentados na época. Mas as lembranças permaneceram com as vítimas – torturada por mais de uma década, Michelle revela, neste livro, como encontrou forças para suportar as feridas do passado e construir uma nova vida.

O colecionador (Ed. Darkside, 2018), de John Fowles 

Frederick Clegg é um homem solitário. É por isso que, quando finalmente encontra o amor da sua vida, convence-se de que nasceram um para o outro. Tudo o que ele deseja é estar na companhia da amada e demonstrar seus sentimentos. Em contrapartida, Miranda Gray deseja escapar do cativeiro – a estudante é sequestrada por um maníaco que quer obriga-la a se apaixonar por ele. Narrado pela vítima e pelo captor, o romance de estreia de John Fowles foi publicado em 1963, mas ainda é assustadoramente atual.

4.2/5 - (15 avaliações)

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