7 autobiografias de mulheres transgressoras - Blog da TAG
Curiosidades literárias

7 autobiografias de mulheres transgressoras

Share this post

Conheça 7 livros escritos por mulheres transgressoras que decidiram contar suas histórias por elas mesmas.

1. Eu sou Malala (2013), de Malala Yousafzai

Em outubro de 2012, quando tinha apenas 15 anos, Malala Yousafzai foi baleada na cabeça por membros do Talibã. O motivo do atentado que chocou o Paquistão e o mundo foi sua rebeldia: Malala levantou a voz pelo direito das mulheres à educação, em favor do que militava e falava em público. Após sobreviver milagrosamente, a menina ganhou as salas das Nações Unidas e se tornou a candidata mais jovem da história a receber o Nobel da Paz. O livro, escrito em parceria com a jornalista Christina Lamb, acompanha a trajetória daquela que se tornaria um símbolo global do protesto pacífico, da infância e dos primeiros anos de vida escolar à mudança da família para Londres após o atentado contra sua vida.

2. An autobiography (1974), de Angela Davis

Angela Davis é ativista e professora e foi militante do Panteras Negras. Em 1970, os Panteras Negras lutavam pela libertação de três militantes negros que estavam na prisão e Angela foi incluída na lista dos dez fugitivos mais procurados pelo FBI nos Estados Unidos. Mais tarde, entregou-se à polícia e foi presa – fato que resultou na campanha “Free Angela Davis” (retratada em documentário homônimo de 2014). Após ser inocentada de todas as acusações, tornou-se uma referência da luta por igualdade racial e de gênero e pela redução do sistema penitenciário.

3. Memórias de uma moça bem-comportada (1958)de Simone de Beauvoir

Ícone do pensamento filosófico feminista, Simone de Beauvoir escreveu obras de ficção, nas quais aborda questões da filosofia existencialista, análises políticas e livros autobiográficos, entre os quais Memórias de uma moça bem-comportada. Nele, conhecemos a infância e a juventude da escritora, dona de um espírito inconformado, e o início de seu duradouro relacionamento com o também escritor e filósofo existencialista Jean-Paul Sartre. Sua principal obra, O segundo sexo, foi publicada em 1949 e se tornou um clássico do qual provém a máxima “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”.

4. Eu sei por que o pássaro canta na gaiola (1969)de Maya Angelou

Maya Angelou foi uma poeta e ativista pela igualdade racial norte-americana. Ela também trabalhou como cantora, dançarina, atriz, dramaturga e compositora e foi a primeira motorista negra a trabalhar em São Francisco. A artista é admirada por personalidades como Oprah Winfrey, foi condecorada por Barack Obama e declamou um poema no funeral de Michael Jackson. Nesse livro de memórias, a autora retoma acontecimentos marcantes de sua infância e adolescência no sul dos Estados Unidos, traçando um retrato da comunidade negra do país que culmina em uma tomada de consciência que leva à busca por emancipação.

5. Uma autobiografia (2016)de Rita Lee

Uma das mais influentes artistas brasileiras, Rita Lee, além de sua carreira solo, integrou os grupos Tutti Fruti e Os Mutantes. Com este último, gravou, ao lado de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa, o disco Tropicalia ou Panis et Circensis, marco vanguardista na música nacional. Em uma autobiografia honesta e corajosa, Rita Lee percorre a infância, o início da vida artística, a prisão em 1976 e os altos e baixos da vida pessoal e da profissional.

6. Neon Angel: A Memoir of a Runaway (2010)de Cherrie Curie

A banda norte-americana The Runaways se tornou famosa por ser a primeira banda proeminente de rock composta apenas por mulheres. Sua vocalista principal era Cherie Currie, autora dessa autobiografia. Na obra, a cantora revisita os anos que passou com a banda, na década de 1970, sua amizade com a guitarrista Joan Jett e seus problemas com drogas. Outra integrante da banda, a guitarrista Lita Ford, publicou uma autobiografia intitulada Living Like a Runaway: A Memoir (2014), na qual também adentra o mundo da música.

7. Só garotos (2010), de Patti Smith

Antes de se tornar famosa, a cantora e poeta Patti Smith dividiu a cama, a comida e o sonho de ser artista com o fotógrafo Robert Mapplethorpe, a quem prometeu escrever esse livro, pouco antes que ele morresse. Em Só garotos, uma autobiografia afetiva, Patti reúne fotos, bilhetes e histórias extraordinárias para narrar os anos de aprendizado do casal que atravessou altos e baixos na efervescente Nova York dos anos 1960 e 1970 e se tornou ícone de muitas gerações. A obra foi enviada aos associados da TAG Curadoria em março de 2018. Veja o kit.

Avalie esse post

5 comments

  • Estou fazendo um projeto na faculdade e eu e minha colega estamos usando o blog da TAG como objeto de analise! O trabalho de vocês, não só aqui no blog mas como um todo, é incrível. A TAG é algo essencial em um país como o Brasil e espero que como vocês um dia eu também possa trazer a leitura e tudo que há de maravilhoso nesse universo para muitas pessoas.

  • Gosto muito de biografias! Li Malala, Simone de Beauvoir, e iniciei Rita Lee. Path Smith recebi em meu Kit TAG, louca pra ler! Dica: Sobre uma pianista chinesa da época de Mao, “O Rio e seu Segredo”.

  • A primeira vez que li o livro da Malala eu me senti tão pequenininha perto dela! Ela me dá muita inspiração para eu sempre lutar, mesmo quando a derrota parece iminente. Angela Davis também é uma mulher incrível, ler seu livro “Mulheres, Raça e Classe” foi uma grande fonte de aprendizado. Eu amo a banda The Runaways, amo ver histórias de mulheres conquistando espaços e direitos. O livro da Patti Smith foi uma grande descoberta, eu não conhecia nada sobre ela e sabia muito pouco sobre o movimento Punk, é tão bom aprender coisas novas ! <3

  • Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    *

    Posts relacionados