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Equipe TAG: Conheça o Nílton

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O Nílton, do nosso time de Gestão de Clientes, compartilhou conosco sua experiência de trabalho no clube:

“Acredito nas pessoas e no poder de suas relações”. Essa é a frase destaque do meu perfil do LinkedIn e ela representa grande parte da minha motivação ao escolher como profissão a Comunicação Social, uma grande área de conhecimento que tem como foco as pessoas. Foi na universidade, enquanto cursava Relações Públicas, que aceitei e desenvolvi minha identidade de gênero fluida.

Durante o curso, tive diversas experiências no setor público e não via perspectiva de identificação com as vertentes da minha profissão no setor privado. Cheguei até a me iludir que somente o público teria espaço para mim – porque ele deveria ser de todos, não é mesmo? Acontece que “ser Relações Públicas”, além das diversas atribuições que lhe cabem, é trabalhar com a comunicação estratégica de uma instituição, o que exige também do profissional que ele seja a “cara” dela. Diante desse contexto, não demorou muito para eu perceber que as organizações buscam perfis específicos de profissionais. Infelizmente, por mais que avancemos com pequenos passos, a realidade e os dados estatísticos mostram que é raro encontrar um lugar em que esse perfil não seja um padrão tradicional, legitimado pelo que aprendemos e reconhecemos como o que deve ser levado a sério. A questão que eu me fazia e ainda faço é: quantas empresas teriam como referência pessoas como eu em seus espaços de trabalho? Qual perfil, social e mercadológico, tem um profissional capacitado?

Quando me candidatei à vaga da TAG, eu não tinha ciência do ambiente de trabalho que me esperava, o que me deixou bastante apreensivo. Ainda que eu conhecesse o clube por ouvir falar, sabia que a ilusão é recorrente quando abordamos a relação de empresas com o universo LGBTQI+. Logo, quando me chamaram para minha entrevista de emprego, minha primeira decisão foi ir até lá como me apresento no meu cotidiano. Assim, vesti minha calça de cintura alta e uma camiseta rosa, deixei os cachos dos meus longos cabelos soltos, coloquei meus brincos de argola e, é claro, me maquiei – impecavelmente, diga-se de passagem. E, querida pessoa que lê este texto, eu não podia ter feito uma escolha melhor na minha vida!

Quando eu penso na TAG, eu volto a pensar nas pessoas: no olhar cuidadoso, no abraço caloroso, no sorrisão de canto a canto do rosto. Eu penso nos milhares de bom dias e boa noites que recebemos e distribuímos, no companheirismo e nos desafios que compartilhamos. A experiência que venho florescendo por aqui, nessa casa que se tornou essencial para o meu amadurecimento pessoal e profissional, é o preenchimento de uma grande lacuna presente na minha trajetória e que eu sinto desde que me conheço por gente. Porém, para além do usual e do que senti falta em minhas experiências iniciais, hoje eu tenho certeza de que aqui encontro mais do que colegas de trabalho e mais do que associados: eu encontro amigos. Por isso, faço questão de comentar com qualquer pessoa do meu convívio que aqui a gente encontra o poder dos afetos, e é esse mesmo afeto que cultivamos aqui dentro que transparece no resultado do nosso trabalho.

Olhar para trás, de abril de 2018 – quando eu comecei a trabalhar no clube – para cá, me deixa bastante emocionado. É evidente que não só eu recebi muito da TAG como ela mesma recebe todos os dias um pouco de mim. Hoje, somos em torno de 25 pessoas construindo o nosso Comitê de Diversidade – que surgiu em maio deste ano com três principais frentes (a de Mulheres, a Racial e a LGBTQI+) debatendo e trazendo discussões para toda a equipe. É necessário espaço para isso, e é também porque somos ouvidos que o encontramos. A você, prometo que vejo esse caminho com muita esperança por um mundo com dias melhores, onde os taggers deem o exemplo para o mercado de trabalho em geral.

Para aqueles que já chegaram até aqui como eu, aos que estão chegando e aos que hão de vir: as portas estão sempre abertas. E a recepção? Uma surpresa especial e carinhosa, um turbilhão de afetos, o poder das pessoas e das suas relações. Buscamos por outro padrão: o de conexão através das diferenças que, como a TAG e sua literatura, une todos nós.

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