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Edith Wharton: leia, conheça, descubra.

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Primeira mulher a ser laureada com o Prêmio Pulitzer de Ficção, Edith Wharton lançou seu olhar preciso e sensível à construção social do feminino em um determinado tempo e espaço e transpôs essa percepção para narrativas literárias de imensa força subjetiva. Conheça mais sobre essa autora que abriu caminhos na literatura para muitas mulheres que vieram depois!

LEIA, CONHEÇA, DESCUBRA: EDITH WHARTON

Nascida Edith Newbold Jones em 1862, em Nova York, Wharton foi uma celebrada escritora e uma observadora afiada de seu tempo. Em um período que limitava as ambições femininas à esfera do casamento, ela se tornou uma das autoras mais reconhecidas de seu país com narrativas que retratam de forma crítica, sensível e profunda os valores e convenções da alta sociedade, da qual ela mesma fazia parte.

Prolífica e multifacetada, Edith Wharton escreveu mais de 40 livros. Além de romances, publicou contos, ensaios, autobiografias e obras especializadas sobre arquitetura, paisagismo, design de interiores e viagens. Nascida em uma família da elite nova-iorquina, Wharton teve acesso a uma educação privilegiada. Passou boa parte da infância vivendo na Europa, onde aprendeu outros idiomas e desenvolveu um senso estético, artístico e literário apurado. Aos 16 anos de idade, escreveu seu primeiro volume de poemas.

Em 1885, casou-se com Teddy Wharton, também membro da aristocracia e amigo da família. Logo o casal foi viver em uma mansão em Newport, destino de verão de boa parte da elite da Era Dourada dos Estados Unidos. Durante os quase 30 anos de casamento, Wharton escreveu obras como A casa da alegria (1905) e Ethan Frome (1911). Em 1913, depois de anos conturbados lidando com questões de saúde mental do marido, a escritora se divorciou e mudou-se para a França.

Wharton vivia em Paris quando começou a Primeira Guerra Mundial. Lá, envolveu-se na criação de uma ampla rede de iniciativas humanitárias e mais tarde foi condecorada com a Legião de Honra Francesa por seu trabalho. Quando o conflito acabou, mudou-se para Saint-Brice-sous-Forêt, uma pequena cidade ao norte de Paris onde viveria até o fim de seus dias.

Em 1921, ela tornou-se a primeira mulher a receber o Prêmio Pulitzer de Ficção, pelo livro A idade da inocência (1920). Morreu em 11 de agosto de 1937 aos 75 anos.

“Nenhuma criança da minha idade estava tão próxima de mim quanto as grandes vozes que falavam comigo através dos livros. Sempre que tento relembrar a minha infância, é na biblioteca do meu pai que ela ganha vida…”

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PARA COMEÇAR

A casa da alegria

Uma jovem da alta sociedade de Nova York se vê desamparada economicamente depois da morte dos pais. A trama explora a subjetividade feminina e a construção do que é ser mulher no começo do século 20.

OBRA-PRIMA

A idade da inocência

O livro que rendeu o Pulitzer a Edith Wharton gira em torno de um triângulo amoroso que traduz as tensões entre os desejos e pulsões individuais e as imposições sociais do final do século 19. 

PARA SE APAIXONAR DE VEZ

Ethan Frome

Ambientado no condado fictício de Starkfield, na Nova Inglaterra, este romance enigmático e instigante explora os mistérios da figura que dá nome ao livro, sintetizando os costumes e tradições dos Estados Unidos do século 20. 

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