Tarryn Fisher, uma escritora apaixonada por histórias sobre vilãs de personalidades forte, é uma das escritoras mais vendidas dos EUA de acordo com grandes jornais como o New York Times e o USA Today. Foi ela quem agraciou os associados da TAG Inéditos em maio, com Stalker, nosso livro do mês.
Entrevistamos a autora, que já tem 5 títulos publicados no Brasil. Confira a entrevista na íntegra e descubra um pouquinho sobre Tarryn Fisher:
TAG – Você escreve sobre mulheres com personalidades fortes, com características e falhas reais. De que forma você acha que isso contribui para a representatividade da mulher na ficção?
Tarryn – Isso dá uma representação real com a qual você pode se comparar, não uma visão diluída daquilo que deveríamos ser. Mulheres são complexas, imperfeitas e lindamente vilãs. Por que não celebrar isso?
TAG – Nas suas redes sociais, às vezes você posta fotos dos livros que está lendo no momento. Quais são os seus livros favoritos? Quais autores influenciam você?
Tarryn – Stephen King foi uma grande influência enquanto eu estava desenvolvendo minha voz como escritora. Ele poderia escrever qualquer coisa, mas escreve aquilo que é importante para ele, aquilo que ele ama. Se você for verdadeiro consigo mesmo, a escrita sempre vai ser apaixonada e afiada. Eu queria ser assim.
TAG – Como você teve a ideia de escrever Stalker?
Tarryn – Eu vivenciei uma experiência parecida e o livro foi minha terapia.
TAG – Não é a primeira vez que você escreve um livro a partir de diferentes pontos de vista. Na série Amor e Mentiras, nós somos apresentados, em cada livro, às versões dos três personagens principais. Em Stalker, temos as versões de Fig, Darius e Jolene. Como funciona esse processo de escrita?
Tarryn – Sendo humanos, nós gostamos de focar em um lado da história; o lado que mais gostamos ou concordamos. Mas se nós apenas fizermos isso, nunca cresceremos em empatia e compreensão. Você não precisa concordar com as atitudes de outra pessoa, mas você pode pelo menos se familiarizar com o psicológico dela para entender como as pessoas funcionam. O que acontece de errado e por quê.
TAG – Seus leitores fazem algumas comparações e paralelos entre a sua vida pessoal e os seus livros. O último parágrafo de Stalker, por exemplo, cria uma sensação de que a história é biográfica. Você coloca aspectos das suas experiências nas histórias? Você já conheceu alguém como Fig Coxbury?
Tarryn – Eu acho que a maioria de nós já conheceu uma versão da Fig. Eu conheci o pior tipo de Fig e vivi para contar a história.
TAG – Se Stalker fosse virar um filme, quais atores você escolheria para o papel dos três protagonistas?
Tarryn – Darius seria alguém como o Mark Ruffalo. Fig seria Christina Ricci. Jolene seria a Natalie Portman.
TAG – Como você se sente sabendo que milhares de brasileiros irão receber uma cópia de Stalker? O que você gostaria de dizer para esses leitores?
Tarryn – Transforme as coisas ruins que acontecem em arte. Eu fiz isso.