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10 livros para entender a luta dos povos indígenas

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Sete de fevereiro é o Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas. Celebrada desde 2008, a data marca a morte de Sepé Tiaraju, liderança indígena dos Sete Povos das Missões no período em que a região se organizava de maneira alternativa ao modelo de colonização predominante, privilegiando relações comunitárias. Sepé foi assassinado em 1756 pelos invasores portugueses e espanhóis durante a Batalha de Caiboaté, que massacrou mais de 1500 indígenas do povo Guarani. Sua história representa a luta das centenas de povos indígenas brasileiros que resistem a séculos de violência colonial. Abaixo, confira uma seleção de livros para conhecer a literatura indígena, suas lutas, cosmologias e modos de vida.

1- O caráter educativo do movimento indígena brasileiro, Daniel Munduruku

O professor e escritor Daniel Munduruku relata como o movimento indígena nacional se organizou nos anos 1980 dentro do contexto histórico brasileiro – um período de intensa participação popular pelas mobilizações em defesa da democracia.

2- Originárias: uma antologia feminina de literatura indígena

Uma coletânea de histórias contadas ou recontadas por escritoras de diferentes nações indígenas. Dos mitos de origem às aventuras, histórias de amor e amizade, as narrativas mergulham o leitor em um universo múltiplo de sentidos, com informações sobre o povo indígena de cada autora.

3- A terra dos mil povos, Kaká Werá Jecupé

A história indígena do Brasil contada por Kaká Werá Jecupé, que revela o caráter universal das tradições de milhares de povos indígenas. O autor persegue respostas originais e originárias para a pergunta: quem eram e o que pensavam os primeiros habitantes desta terra?

4- Futuro ancestral, Ailton Krenak

Nesta nova coleção de textos, Ailton Krenak nos provoca com a radicalidade de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum, invoca o maravilhamento e convoca a imaginar futuros.

5- O desejo dos outros, Hanna Limulja

Uma etnografia transformadora sobre os Yanomami. Pesquisada e construída na proximidade do viver juntos e da partilha do que resta de outros mundos a cada manhã: os sonhos e o desejo dos outros.

6- A queda do céu, Davi Kopenawa

Obra incontornável da literatura indígena. Um relato provocativo de afirmação e reivindicação dos saberes, da sensibilidade e das lutas dos povos da floresta, contado com precisão sociológica pela perspectiva de um grande xamã e porta-voz dos Yanomami.

7- Tybyra, uma tragédia indígena brasileira, Juão Nyn

Em 1614, Tybyra, um indígena tupinambá, foi executado por sodomia, na boca de um canhão, por soldados franceses. O registro mais antigo de uma pessoa LGBT assassinada pelo Estado foi recontado pela perspectiva imaginada do próprio Tybyra. Uma dramaturgia grandiosa do multiartista Juão Nyn.

8- O lugar do saber ancestral, Márcia Kambeba

Nessa coletânea de poemas, a escritora, pesquisadora, ativista e líder indígena toca em temas contemporâneos e afirma a resistência do povo Omágua-Kambeba. Uma viagem ao universo amazônico, diretamente ao coração daquele lugar que representa o foco de toda educação, toda a vida, toda a aprendizagem dos indígenas: a comunidade.

9- Questão indígena brasileira, Eliane Potiguara

Obra da primeira escritora indígena do Brasil e colaboradora da ONU na criação da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas. A autora levanta as lutas seculares e os avanços na conquista de direitos pelos povos originários do país. Poeta, ela recorre às emoções para complementar os argumentos espinhosos que perpassam pelo seu tema, que inclui escravização e massacres.

10- Dono das palavras: a história do meu avô, Yamaluí Kuikuro Mehinaku

Nahu Kuikuro foi um dos primeiros indígenas do Alto Xingu a aprender português. Durante muitos anos, foi mediador das relações entre indígenas e não indígenas e teve papel decisivo na criação do Parque do Xingu. Neste livro, escrito em Kuikuro e em português, o neto de Nahu conta sua história.

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