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Curiosidades literárias

Francês, italiano, alemão, romanche: literatura suíça em quatro idiomas

Hermann Hesse, Joël Dicker e Fleur Jaeggy Hermann Hesse, Joël Dicker e Fleur Jaeggy Share this post

Apesar de pequena em área, a Suíça tem quatro idiomas principais: francês, italiano, alemão e romanche. Selecionamos, entre nomes conhecidos e outros nem tanto, alguns dos mais relevantes escritores do país.

Em língua alemã

Max Frisch (1911-1991)

Contemporâneo de Dürrenmatt, Frisch chegou a afirmar que amava o escritor como seu “oposto dialético”. Igualmente influenciado pelo existencialismo e por Brecht, Frisch escreveu obras essenciais durante as décadas de 1950 e 1960. Livros como Não sou Stiller (1954), Homo Faber (1957) e Mein Name sei Gantenbein (1964) exploram problemas como a alienação e identidade na sociedade moderna.

Johanna Spyri (1827 – 1901)

A personagem mais famosa da literatura suíça de língua alemã, ou mesmo em qualquer outra língua nacional, é a pequena Heidi, heroína de um dos livros infantis mais famosos do mundo, homônimo e de autoria de Johanna Spyri, escritora suíça que se popularizou principalmente por sua obra voltada às crianças.

Hermann Hesse (1877 – 1962)

Um dos maiores escritores em língua alemã do século XX, Hesse nasceu na Alemanha, mas naturalizou-se suíço em 1923. Recebeu o Nobel de Literatura em 1946. A lista de suas principais obras inclui Demian (1919), Sidarta (1922) e O lobo da estepe (1927), nas quais explorou a busca individual por autenticidade, autoconhecimento e espiritualidade.

Outros suíços de língua alemã: Carl Spitteler, Jeremias Gotthelf, Gottfried Keller e Robert Walse

Em língua francesa

Joël Dicker (1985)

O escritor de apenas 32 anos começou a ganhar o mundo aos 27 com o romance policial A verdade sobre o caso Harry Quebert (2012), que recebeu o prêmio da Academia Francesa, vendendo mais de três milhões de exemplares e sendo traduzido em 42 países. Curiosamente, seu livro posterior, O livro dos Baltimore (2015), continua a história de Marcus Goldman, protagonista do primeiro, mas o gênero da obra é outro: Dicker o chama de “crônica familiar”.

Outros suíços de língua francesa: Rodolphe Töpffer, Charles Ferdinand Ramuze e Blaise Cendrars

Em língua italiana

Fleur Jaeggy (1940)

Nascida de uma família abastada, Jaeggy cresceu falando francês, alemão e italiano, o único em que escreve. Na Itália, onde viveu as últimas cinco décadas, ganhou praticamente todos os prêmios literários a que concorreu e é reconhecida como uma das escritoras mais originais da língua italiana. Não existem obras suas traduzidas no Brasil, porém, podemos encontrá-las em inglês: destacam-se S. S. Proleterka (2001) e Sweet days of discipline (1989), a obra que a colocou no mapa.

Outros suíços de língua italiana: Giorgio Orelli, Anna Felder, Francesco Chiesa e Alberto Nessi

Em língua romanche

O romanche é falado por cerca de 35 mil pessoas como língua materna, sobretudo no cantão dos Grisões e por outras 40 mil como segunda língua. Trata-se de uma língua românica do ramo ocidental, que se acredita descender do latim vulgar falado pelos romanos que ocuparam a região da Suíça na Antiguidade.

Além de não existirem obras traduzidas, são pouquíssimas as informações sobre os escritores em língua romanche disponíveis em português – até mesmo em inglês. Disponibilizamos, para fins informativos, os principais nomes literários desse idioma praticamente em extinção, falado por menos de 1% dos 7,4 milhões de habitantes da Suíça.

Suíços de língua romanche: Luisa Famos, Gion Deplazes, Theo Candinas, Toni Halter e Gian Fontana

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