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Curiosidades literárias

Conheça os pseudônimos de 6 escritores famosos

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Luise Spieweck Fialho - Redação
Luise Fialho

Omitir a fama, explorar novos estilos literários, esconder o gênero: vários motivos podem levar um escritor a mudar seu nome de nascença. Conheça os pseudônimos escolhidos por 6 escritores consagrados:

Currer, Ellis e Acton Bell

No século XIX, época em que viveram as irmãs Charlotte, Emily e Anne Brontë, a literatura era vista como um ofício masculino. Para serem levadas a sério no meio literário, as três optaram por assinar seus trabalhos como os Currer, Ellis e Acton Bell, respectivamente. Assinaram com esses nomes uma antologia poética conjunta. Foram seus livros posteriores, entretanto, os mais marcantes de suas carreiras: Jane Eyre (1847), de “Currer” e A inquilina de Wildfell Hall (1848), de “Acton”, foram um sucesso imediato. Já o livro de “Ellis”, O morro dos ventos uivantes (1847), recebeu críticas em sua época. Hoje em dia, porém, é um grande clássico da literatura de língua inglesa.

Mary Westmacott

Mais conhecida por suas dezenas de livros policiais e peças de teatro, a rainha do crime Agatha Christie também escreveu seis romances convencionais ao longo da vida. Para assiná-los, optou pelo pseudônimo Mary Westmacott em uma tentativa de que os livros fossem julgados de forma independente ao seu nome célebre. O primeiro desses seis títulos, Entre dois amores, foi publicado em 1930. A ele, se seguiram Retrato inacabado (1934), Ausência na primavera (1944), O conflito (1947), Filha é filha (1952) e O fardo (1956).

Robert Galbraith

No início de sua carreira literária, a editora de J. K. Rowling sugeriu o uso de “J. K.” no lugar de “Joanne” para deixar menos evidente ao público-alvo da série Harry Potter que a saga havia sido escrito por uma mulher. Foi por escolha própria, entretanto, que a escritora optou por assinar seus livros policiais sob o pseudônimo Robert Galbraith como forma de fugir da pressão que envolveria um livro lançado em seu nome. Em 2013, lançou O chamado do Cuco e, contra sua vontade, logo foi descoberta. A autora, entretanto, resolveu manter o pseudônimo para os demais livros da série, O bicho-da-seda (2014) e Vocação para o mal (2016).

Richard Bachman

Quando Stephen King criou Richard Bachman e deu a ele uma fotografia e uma biografia, já era o escritor de best sellers como Carrie, a estranha (1974) e O iluminado (1977). O escritor estava se propondo um teste: queria saber se fazia sucesso por sorte ou talento. Assim, publicou cinco livros bem recebidos sob o pseudônimo antes de sua identidade ser descoberta, quando ele anuncia, então, a morte de Bachman. Stephen King dedicou ao pseudônimo o livro A metade negra (1989), no qual um escritor descobre que seu pseudônimo ganhou vida.

Helen Palmer e Teresa Quadros

Paga por uma fabricante de cremes faciais, Clarice Lispector era a colunista de beleza do jornal carioca Correio da Manhã Helen Palmer, de personalidade petulante e sempre pronta a responder às dúvidas de suas leitoras. Anteriormente, como Teresa Quadros, Clarice era responsável pela seção direcionada ao público feminino da publicação Comício, também do Rio de Janeiro.

Suzana Flag e Myrna

O dramaturgo, jornalista e escritor Nelson Rodrigues escrevia folhetins que circulavam nos jornais brasileiros na década de 1940 sob o pseudônimo de Suzana Flag para aventurar-se pelo gênero melodramático sem medo. A escolha de um nome que soa estrangeiro foi encarada pela equipe editorial como uma forma de chamar a atenção do público. O escritor, conhecido como Anjo Pornográfico, teve ainda um segundo pseudônimo feminino: Myrna, que escrevia uma coluna de conselhos amorosos em que respondia suas leitoras desiludidas.

Outros escritores optaram por adotar um pseudônimo durante todas as suas carreiras literárias. São os casos, por exemplo, dos britânicos George Orwell e Lewis Carroll (cujos nomes verdadeiros eram Eric Arthur Blair e Charles Lutwidge Dodgson, respectivamente), do francês Stendhal (que se chamava Henri-Marie Beyle) e do norte-americano Mark Twain (nascido Samuel Langhorne Clemens). George Eliot, uma das principais escritoras da era vitoriana inglesa e que na verdade se chamava Mary Ann Evans, optou, como as irmãs Brontë, por usar um nome masculino para garantir que seus trabalhos seriam levados a sério durante o século XIX. O vencedor do Nobel de Literatura de 1971 Pablo Neruda, nascido Neftali Basualto, escolheu seu pseudônimo aos 17 anos em uma tentativa de esconder seu ofício do pai.

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