Conheça o livro indicado por Carla Madeira para a Tag Curadoria
A escritora mais lida do Brasil, Carla Madeira, é a curadora de outubro da TAG. Em entrevista exclusiva, ela falou sobre seu processo criativo, novos projetos e, é claro, sobre o livro que escolheu para indicar aos associados do clube!
Narrado a partir de uma voz singular em primeira pessoa, o livro de outubro da TAG Curadoria atravessa a adolescência de uma menina que cresce em um corpo que não sabe habitar. Portanto, acompanhamos sua busca em compreender a si mesma e ao mundo em que vive, desde a infância, em um bairro operário arrasado pela heroína, nos anos 1980, até as noites clandestinas no centro de Madri, nos anos 1990.
“Pensei muito e escolhi um livro que me arrebatou por sua força e ao mesmo tempo por sua delicadeza, um livro muito bem escrito, emocionante, com uma história visceral e sincera. Acho que vocês vão gostar muito e espero que vocês sintam o que eu senti, uma vontade de conhecer aquelas pessoas e de me tornar próxima delas.“
Um pouco mais sobre a autora
Carla Madeira é autora dos livros Tudo é rio (2014), A natureza da mordida (2018) e Véspera (2021). Ela chegou a ter os três títulos figurando ao mesmo tempo nas listas de mais vendidos do Brasil, e terá obras traduzidas no México, na Itália e na Rússia. Além disso, seu primeiro romance foi eleito o livro do ano de 2023 em Portugal pela Bertrand, maior e mais antiga rede de livrarias do país.
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Dicas de Carla Madeira
Além de indicar o livro de outubro aos associados da TAG Curadoria, a autora do best-seller Tudo é Rio deixou outras dicas preciosas de leituras que marcaram sua vida. Confira a entrevista completa!
1- Seus livros são conhecidos por sua profundidade emocional e personagens complexos. Quais são suas principais fontes de inspiração e como é o seu processo criativo desde a concepção da ideia até a finalização do manuscrito?
Minhas histórias nascem de um acontecimento que me afeta, me assombra, me provoca. Olho para esse acontecimento com a necessidade de imaginar o que veio antes, o que virá depois e assim vou encontrando uma história. A condição humana, nossas potências de bem e de mal e como isso vai se encaminhando a partir das nossas circunstâncias (a família a que pertencemos, os pequenos acontecimentos que se tornam imensos) têm sido objetos de inquietação e curiosidade. Talvez eu escreva para dar conta da deriva da condição humana que me comove e angustia.
2- Por que você escolheu este livro como curadora?
Porque me arrebatou. Tem uma força de vivência, é escrito com a tinta do que foi vivido. É um livro de uma humanidade comovente.
3- Você está trabalhando em algo no momento? O que pode adiantar sobre novos projetos?
Sim, estou escrevendo um novo livro, e naquele momento em que dá vontade de parar tudo e só escrever. A história me pegou. Tenho, também, acompanhado a adaptação dos meus livros para o cinema/séries.
A estante da autora
O primeiro livro que li: Reinações de narizinho, de Monteiro Lobato. Talvez não tenha sido exatamente o primeiro, mas foi o primeiro que me fez pensar: tem um jeito legal de contar histórias.
O que estou lendo atualmente: A memória, a história, o esquecimento, de Paul Ricoeur, e O sodomita, de Alexandre Vidal Porto.
O livro que mudou a minha vida: Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa.
O livro que eu gostaria de ter escrito: A vida pela frente, de Émile Ajar.
O último livro que me fez rir: Poeta chileno, de Alejandro Zambra.
O último livro que me fez chorar: Sobre a terra somos belos por um instante, de Ocean Vuong.
O livro que dou de presente: o último que dei foi De uma a outra ilha, de Ana Martins Marques.
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Adorei, ansiosa pela leitura!