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Curiosidades literárias

8 fatos curiosos sobre Edgar Allan Poe

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Edgar Allan Poe é considerado o criador das histórias de detetive modernas e um dos escritores norte-americanos mais influentes do século XIX. Sua vida, entretanto, não foi fácil: ele ficou órfão antes de completar 3 anos de idade e, a partir de então, viveu a maior parte da sua vida na miséria. O escritor foi também crítico literário até morrer, aos 40 anos de idade, sob circunstâncias até hoje misteriosas. Veja 8 fatos curiosos sobre a vida desse autor que habita, até hoje, o imaginário dos leitores:

O BIGODE

É difícil imaginar Poe sem seu tradicional bigode. Mas você sabia que foi assim que o escritor viveu a maior parte de sua vida? Somente nos anos que precederam sua morte, quando se encontrava em profunda melancolia, Poe adotou seu visual que hoje lhe é característico.

ESCREVENDO COM ÁCIDO

O crítico literário James Russel Lowell dizia que seu colega Edgar Allan Poe era “o mais distinto, filosófico e destemido crítico que tem escrito nos Estados Unidos”, sugerindo que ele usava “ácido, ao invés de tinta, em sua caneta”. Certa vez, Poe acusou o famoso poeta Henry Wadsworth Longfellow de ser “um determinado imitador e habilidoso adaptador de ideias de outros”, o que levou diversos leitores a se revoltarem contra Poe, no que ficou conhecido como “Guerra Longfellow”.

ALÉM DA LITERATURA

William Friedman foi um dos principais criptologistas da América, responsável por decifrar códigos de máquinas durante a Segunda Guerra Mundial. Friedman iniciou sua carreira inspirado em O escaravelho de ouro, no qual Poe, criptógrafo amador, dotou alguns de seus personagens de técnicas criptográficas para decifrar mistérios.

O CRÍTICO TAMBÉM FOI CRITICADO

Apesar dos numerosos elogios, Edgar Allan Poe não passou unânime pela crítica. Sobre seu poema O corvo, William Butler Yeats condenou-o: “hipócrita e vulgar, e sua execução um mero truque rítmico”. Ralph Waldo Emerson disse não ter visto “nada de relevante nele”. Aldous Huxley criticou o exacerbado lirismo de Poe, escrevendo que a composição literária do escritor “cai na vulgaridade por ser ‘muito poética’ – o equivalente a usar um anel de diamantes em cada dedo”.

POE ADORAVA GATOS

No célebre conto O gato preto, o narrador maltrata impiedosamente seu animal de estimação. Ao contrário do que a história pode fazer pensar, o escritor adorava animais. Ele mesmo tinha uma gata (que ele nunca maltratou!) chamada Catterina, e Poe frequentemente escrevia seus contos com ela sobre seus ombros. Conta-se que, alguns dias após a morte do autor, Catterina não resistiu à ausência do seu dono e também faleceu.

OS FATOS DO CASO DO SR. VALDEMAR

Assim como Orson Welles, em 1938, convenceu seus ouvintes em uma transmissão radiofônica de que a Terra estava sendo invadida por marcianos, também Edgar Allan Poe confundiu seus leitores: após o lançamento de Os fatos do caso do Sr. Valdemar, em que narra um médico na tentativa de salvar o paciente da morte através da hipnose, diversos leitores escreveram para o autor na crença de que se tratava de uma história verídica, tão realista era sua narração.

BALTIMORE RAVENS

Dias antes de sua morte, encontraram Poe jogado no chão das ruas de Baltimore, nos Estados Unidos. Em sua homenagem, o time de futebol americano da cidade recebeu o nome de Baltimore Ravens – além do nome, o corvo (Raven) é também o mascote do time.

ESTOU BÊBADO, SR. PRESIDENTE

Em 1842, buscando sair da miséria financeira, Edgar Allan Poe obteve uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, John Tyler, para pedir-lhe um emprego no governo. No dia da entrevista, apresentou-se alcoolizado, vestindo seu casaco ao contrário e completamente despenteado. Para sua sorte, o filho do presidente interceptou-o minutos antes da entrevista e sugeriu-lhe que fosse embora e voltasse em outro dia. Dizem que, quando voltou para a entrevista, Poe apareceu um pouco menos alcoolizado, mas ainda assim estragou tudo: em vez de aproveitar a chance para conseguir o emprego, teria tentado aproveitar a situação para vender assinaturas de sua revista, pedindo contatos ao presidente. Resultado: não conseguiu as assinaturas e muito menos o emprego.

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