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8 livros para o Dia Internacional da Mulher

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Celebrado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher é mais do que uma data comemorativa. Um dia de luta, consciência histórica e debate coletivo. É preciso olhar para trás, reconhecer conquistas e olhar com coragem para os desafios que persistem – e também para novas pautas que aumentam a complexidade e a potência desse debate na atualidade. Para dialogar com esse convite à reflexão e à ação, selecionamos quatro pautas contemporâneas para pensar um futuro mais igualitário para as mulheres e oito livros para começar a entender esse debate.

Além de abordar questões urgentes, como a violência física, emocional e simbólica contra as mulheres, é fundamental ampliar o debate para incluir temas como a equidade salarial, o direito ao próprio corpo, a representatividade LGBTQIA+, a ocupação de espaços políticos e a presença feminina em posições de liderança. Esses tópicos refletem a complexidade da luta das mulheres, que contempla uma rede de desafios interligados. A data nos lembra que a igualdade de gênero não é apenas uma causa feminina, mas uma pauta que diz respeito a toda a sociedade.

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INTERSECCIONALIDADE

Ser mulher envolve muitas experiências compartilhadas, mas também pede um olhar de reconhecimento às singularidades. Mulheres negras, indígenas,  LGBTQIAP+ e pobres, por exemplo, acumulam outros marcadores sociais da diferença que acrescentam uma complexidade ainda maior à opressão de gênero.

Por um feminismo afro-latino-americano, Lélia González

Um panorama fundamental da obra da pioneira do feminismo negro, uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século 20. Lélia González teve atuação decisiva na luta contra o racismo estrutural e na articulação das relações entre gênero e raça em nossa sociedade. Nesta coletânea de textos produzidos entre 1979 e 1994 estão articulados os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe.

Transfeminismo, Letícia Nascimento

Através de uma linguagem acessível e didática, a professora e pesquisadora traz ao público geral explicações necessárias sobre os conceitos de gênero, transgeneridade, mulheridade, feminilidade e feminismo. Mostra como cada vez mais é necessário que as pessoas estejam abertas às existências que não necessariamente se encaixam na organização binária e cisgênera do mundo, situando o transfeminismo dentro dos demais feminismos existentes.

COMBATE À VIOLÊNCIA DE GÊNERO

A pauta mais transversal da luta por direitos das mulheres é o combate às diferentes formas de violência, que frequentemente se misturam em dolorosos ciclos de abuso. A violência psicológica, física e sexual, a desigualdade salarial e o trabalho doméstico não remunerado são alguns dos elementos desse mosaico brutal que atinge seu ponto mais crítico nos casos de feminicídio.

A vida nunca mais será a mesma, Adriana Negreiros

Neste corajoso relato, Adriana Negreiros parte de sua própria experiência para discutir a cultura da violência e o estupro em suas mais variadas formas e expressões. Do delicado tema do abuso sexual de crianças por familiares ao estupro no casamento, a agressão contra a mulher não se dá apenas no espaço público — os lares podem ser ambientes igualmente opressores, apartados da interferência do Estado. Com base em casos noticiados na imprensa ou investigados por ela, a autora constrói um livro tocante e elucidativo.

Melhor não contar, Tatiana Salem Levy

Partindo de uma cena iniciática que marcaria o fim da infância da protagonista – filha de uma intelectual e jornalista pioneira, uma mulher de espírito e vitalidade incomuns -, a autora entrelaça passado e presente em uma reflexão sobre histórias silenciadas. Da doença galopante que vai tirar a mãe do seu convívio ainda na juventude à reação de um companheiro a um aborto da protagonista já madura, a Tatiana reflete ainda sobre a diferença entre mulheres e homens na hora de narrar uma história.

AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS REPRODUTIVOS

A repressão sexual e a imposição da maternidade são algumas das formas mais antigas de opressão à liberdade das mulheres. Dificultar o acesso a direitos reprodutivos é uma maneira tão eficiente quanto cruel de fazer isso, colocando em risco a vida e a dignidade de mulheres, meninas e pessoas que gestam e agravando situações de violência.

O acontecimento, Annie Ernaux

Em 1963, Annie Ernaux, então uma estudante de 23 anos, engravida do namorado que acabara de conhecer. Sem poder contar com o apoio dele ou da própria família numa época em que o aborto era ilegal na França, ela vive praticamente sozinha o acontecimento que tenta destrinchar neste livro quarenta anos depois, quando já é uma das principais escritoras de seu país.

As abandonadoras, Begoña Gómez Urzaiz

Com empatia, autocrítica e surpreendente leveza para um tema incômodo, a autora parte de suas próprias interrogações para construir esta coleção de ensaios sobre os recantos obscuros da maternidade. Não querer ser mãe, arrepender-se de ser mãe, viver maternidades turbulentas. Begoña explora as trajetórias e os motivos de mulheres que decidiram se apartar dos filhos, seja por carreira, por não se sentirem apegadas, por falta de recursos ou apenas porque assim quiseram.

DIREITO À INTRANSIGÊNCIA

Para construir vidas que verdadeiramente nos contemplem, é preciso desobedecer. E ler histórias de mulheres corajosas e intransigentes pode ser inspirador para que cada uma de nós encontre a força necessária para afirmar seus próprios desejos e se desvencilhar das amarras (tantas vezes sutis) do machismo e da opressão de gênero.

Sula, Toni Morrison

Trágico, sensual e cheio de vigor, este é um impactante relato sobre a amizade entre duas mulheres e a pressão que a sociedade exerce sobre o desejo feminino. Vista como pária pelas pessoas que se ressentem de sua força, Sula é uma mulher intransigente, uma força rebelde que desafia a pequenez de um mundo que tenta controlá-la. Ao contar essa história, Toni Morrison explora, com a habilidade literária que lhe é característica, o papel do medo em nossas vidas.

Frida Kahlo e as cores da vida, Caroline Bernard

Frida quer se tornar médica, mas um terrível acidente põe fim a seu sonho. Anos mais tarde, ela se apaixona pelo grande sedutor e pintor Diego Rivera e ao lado dele mergulha de vez no cobiçado mundo das artes. Sempre assombrada por problemas de saúde e sabendo que sua felicidade poderia ser passageira, Frida se entrega à vida e descobre como trilhar o próprio caminho. Com roupas de cores vibrantes e postura transgressora, a artista cria uma aura particular e se torna uma das pintoras mais cultuadas de nossos tempos.

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