Poeta que escreve romances, romancista que escreve poemas, ou simplesmente uma mulher que tira sonoridade e potência das palavras. Essa é Aline Bei, a curadora da TAG Curadoria deste mês.
Consagrada pelo sucesso de O peso do pássaro morto (vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura de 2018), Aline Bei é romancista e poeta. A escritora surgiu com suas palavras na potência eternamente explorável das redes, e hoje pisa firme entre os nomes mais significativos da literatura brasileira contemporânea.
Considerada um fenômeno editorial, Aline já está publicando seu terceiro livro com apenas 34 anos. É também formada em letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em artes cênicas pelo teatro-escola Célia Helena.
Para a literatura de Aline, o limite entre a escrita poética e a prosa nunca foi bem definido. A ponte entre poesia e romance une a escritora e o autor escolhido por ela para a TAG Curadoria deste mês. Em uma conversa com a TAG, a autora fala sobre as conexões de ternura entre ela e o escritor uruguaio – e como isso une a escrita poética dos dois.
“Acredito na poesia como forma de condução no romance. Bordar, enquanto se cava. E que as dobras das cenas sejam de tecido e de aço, simultaneamente. Essa mistura de pesos e texturas só a poesia pode dar.” – Aline Bei
Segundo a autora, ela sempre quis ser poeta, mas, ao perceber que não era, não desistiu de pintar com poesia sua prosa.
Em seu novo livro, Pequena coreografia do adeus, Bei traz uma narrativa construída a partir de versos na forma de diário – um recurso que surge também na obra escolhida para a TAG pela autora, um best-seller latino americano sobre o amor e seu poder de ressignificar.
Para Aline Bei, o que torna o livro de setembro da TAG Curadoria tão especial é “a descoberta do Amor em uma fase da vida que, parece, nada de novo ainda irá acontecer”.