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Curiosidades literárias

Censurado: 6 livros que foram tirados de circulação

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Se você quiser conhecer os tabus de alguma sociedade, investigue aquilo que ela proíbe. A lista de livros censurados por agredir alguma moral vigente é enorme – até Harry Potter já foi proibido, nos Emirados Árabes, por incitar a bruxaria. “Pornográfico!”, talvez seja a acusação número um. Selecionamos alguns casos de obras que foram tiradas de circulação.

O casamento, de Nelson Rodrigues

O escritor pernambucano é reconhecido principalmente por suas peças de teatro, muitas das quais também receberam censura. O romance O casamento foi lançado em 1966, em plena Ditadura Militar brasileira, e censurado por ser considerado “um atentado à família brasileira”.

Feliz ano novo, de Rubem Fonseca

A coletânea de contos do mineiro Zé Rubem foi censurada em 1976, um ano após seu lançamento. Ex-policial, Rubem Fonseca conhecia a dura realidade dos centros urbanos, e a descrevia de forma direta, em linguagem que ficou conhecida como brutalista. O Ministro da Justiça de Geisel não gostou, censurando-o por atentar contra a moral e os bons costumes. Um senador chegou a dizer que se tratava de “pornografia pura”, e pregou a prisão do autor.

A crucificação rosada, de Henry Miller

Os adjetivos “pornográfico” e “machista” também serviram para rotular Henry Miller ao longo de sua trajetória como escritor. SexusPlexus e Nexus, os livros que compõem a trilogia A crucificação rosada, são autobiográficos, e narram as aventuras sexuais e literárias de Miller em meio à boemia nova-iorquina dos anos 20 e 30. Até 1968, praticamente todas as suas obras estavam censuradas no Brasil – eram vendidas apenas em inglês, e por baixo do balcão.

Lolita, de Vladimir Nabokov

Rejeitado por várias editoras, o clássico conta a história de Humbert Humbert, um professor quarentão que se apaixona por sua enteada, de 12 anos de idade, e vive com ela uma relação amorosa e erótica. Publicado em 1955, o romance teve todas as suas cópias apreendidas no mesmo ano, e foi proibido em diversos países. O editor do Sunday Times, John Gordon, chegou a descrevê-lo como “o livro mais sujo” que leu.

Madame Bovary, de Gustave Flaubert

Se um adultério chegava às capas dos jornais em 1930, o que dizer de 1857? Avançada para os padrões da época, a fictícia madame Bovary trai seu marido e se entrega ao consumismo desenfreado. O romance não chegou a ser proibido, mas causou furor na época, com o autor sendo levado a julgamento por ofender a moral e a religião. Absolvido, Flaubert declarou no tribunal: “Emma Bovary sou eu”.

O crime do padre Amaro, de Eça De Queiroz

Publicada em 1875, a obra denuncia a corrupção dos padres que manipulavam a população em favor da elite. Além disso, gerou grandes protestos dentro da Igreja Católica por ir de encontro ao celibato clerical. Foi proibido em salas de aula de todo o país.

4.5/5 - (2 avaliações)

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