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Mês do Orgulho: 10 figuras LGBTQIA+ que mudaram a história

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Estamos no Mês do Orgulho LGBTQIA+. Você sabia? A comemoração tem sua origem no dia 28 de junho de 1969. Naquela noite, gays, lésbicas, transexuais e drag queens que frequentavam o bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, não se calaram diante das batidas policiais repressivas e discriminatórias.⠀

Os protestos na cidade duraram pelo menos três dias e, ano após ano, foram se tornando mais poderosos e difíceis de ignorar. Em comemoração — e respeito — a esse marco e a tudo que ele representa, decidimos contar a história de dez figuras LGBTQIA+ que mudaram o mundo.  Confira abaixo:⠀

Marsha P. Johnson

Travesti, Drag queen e ativista dos Estados Unidos pela libertação LGBTQIA+, Marsha (1945-1992) foi uma das personalidades proeminentes da Rebelião de Stonewall, em 1969, e, junto a Sylvia Rivera, começou a S.T.A.R. (Ação Travesti Revolucionária das Ruas), um grupo focado em oferecer abrigo e apoio a jovens queer sem teto. Em 1992, seu corpo foi encontrado no rio Hudson, próximo ao bairro onde viveu e militou. Classificada como “suicídio”, as circunstâncias de sua morte nunca foram totalmente esclarecidas ou investigadas.

Sylvia Rivera

Nova-iorquina de ascendência venezuelana e porto-riquenha, Sylvia (1951-2002) ficou conhecida por atirar o primeiro sapato (ou garrafa, ou tijolo) na Rebelião de Stonewall. Ela foi uma verdadeira revolucionária da justiça social que, além de cofundar a S.T.A.R (Ação Travesti Revolucionária das Ruas), com sua amiga e companheira de luta Marsha P. Johnson, também lutou contra a exclusão de transgêneros no New York’s Sexual Orientation Non-Discrimination Act e seguiu com o ativismo até sua morte, em 2002.

Josephine Baker

Josephine (1906-1975) foi cantora, dançarina, ativista e espiã. Nascida nos Estados Unidos e naturalizada francesa, é considerada uma das artistas de maior sucesso na história do século XX. Ao longo da vida, usou a sua voz para lutar contra a discriminação e a segregação racial e, além disso, também foi uma espiã francesa durante a Segunda Guerra Mundial, repassando segredos que ouvia enquanto trabalhava para soldados nazistas. Josephine era bissexual e, de acordo com sua biografia, se envolveu com inúmeras mulheres ao longo da vida.

Leci Brandão

Leci Brandão

Leci Brandão (1944) é cantora, compositora e política brasileira, considerada umas das mais importantes intérpretes de samba. Na década de 70, tornou-se a primeira mulher a participar da ala de compositores da Mangueira, e, segundo a historiadora Rita Colaço, também foi a primeira artista da MPB a falar com naturalidade sobre sua identidade enquanto mulher lésbica. Isso aconteceu em uma entrevista publicada em novembro de 1978 na sexta edição do jornal Lampião da Esquina.

Virginia Woolf

Escritora renomada de origem britânica, autora de livros clássicos e lidos geração após geração, Virginia Woolf (1882-1941) foi casada com Leonard Woolf enquanto tinha um caso com a escritora Vita Sackville-West, que era abertamente bissexual. Acredita-se que o livro Orlando seja uma carta de amor que fala de seu relacionamento com Sackville-West. Aliás, o filho de Sackville-West descreveu o livro como “a carta de amor mais longa e charmosa da literatura.”

Frida Kahlo

Frida Kahlo

Frida (1907-1954) usava a pintura — principalmente autorretratos — para abordar tópicos considerados tabus na época (e ainda hoje), como a sexualidade feminina. Durante seu casamento com o também pintor Diego Rivera, manteve relacionamentos com homens e mulheres, inclusive Josephine Baker e Leon Trotsky. E além de ser bissexual, ela também provocava as regras de gênero: desde jovem gostava de experimentar roupas ditas masculinas e de se comportar de formas que não condiziam com o esperado para as mulheres.

Você sabia? Em janeiro de 2021, o clube enviou nas caixinhas da TAG Inéditos uma autobiografia romanceada sobre a vida dessa grande artista mexicana. Ficou curioso para saber mais? Acesse e confira!

Alan Turing

Alan Turing

Matemático britânico, pioneiro da computação e considerado o pai da ciência computacional e da inteligência artificial, Turing (1912-1954) trabalhou durante a Segunda Guerra para a inteligência britânica, a fim de decifrar os códigos de mensagens secretas dos alemães e é um dos grandes responsáveis pela existência dos computadores. Por ser homossexual, foi processado judicialmente em 1952 e, como pena, teve que passar por tratamento com hormônios femininos e castração química.

Simon Nkoli

Simon Nkoli

Visto por muitos como o herói central da luta LGBTQIA+ na África do Sul, Nkoli (1957-1998) era ativista antiapartheid, dos direitos gays e do HIV/AIDS. Ele fundou a GLOW (Gay and Lesbian Organisation of the Witwatersrand) que, em 1990, promoveu a primeira marcha do orgulho em Johanesburgo. Além disso, o grupo também teve papel decisivo no convencimento do Congresso Nacional Africano (partido político líder da África do Sul) a reconhecer os direitos da população LGBTQIA+ no país.

João W. Nery 

João W. Nery 

Em 1977, o psicólogo, escritor e ativista se tornou o primeiro homem trans a realizar a cirurgia de redesignação sexual no Brasil. Nery (1950-2018) relatou os detalhes – e as dificuldades – na obra Viagem solitária – A trajetória pioneira de um transexual em busca de reconhecimento e liberdade, escrito em 2011. Em seu Facebook, um mês e meio antes de morrer de câncer, ele escreveu: “Continuem a luta por nossos direitos, se unam, não oprimam os nossos irmãos”.

Gladys Bentley

Uma das maiores artistas da Era do Blues nos Estados Unidos, a pianista e cantora Gladys Bentley (1907-1960) era abertamente lésbica já nos seus primeiros anos de carreira, nos anos 20. Usando smoking e cartola, ela cantava suas próprias letras atrevidas de músicas populares e, com a voz sexy e grave, tornou-se conhecida por flertar e cantar para as mulheres da plateia durante suas apresentações. 

Gostou?  no dia 26/06, às 19h, o clube fez um evento aberto com Amara Moira e mediação de Bê Cruz, integrante da equipe de Relacionamento da TAG, numa conversa sobre literatura e vivências LGBTQIA+. Inscreva-se e assista no nosso canal do Youtube!⠀

Assista, participe, orgulhe-se! Para alcançar o que está além do arco-íris, não há outra forma: seguiremos lutando. Sempre.

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