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Protagonismo de cidades: a relação entre livros e cenários

A cidade de Estocolmo, cenário da saga "Millenium" A cidade de Estocolmo, cenário da saga "Millenium" Share this post

Em junho, os taggers viajaram com a TAG Inéditos para Denver, Estados Unidos, durante a primeira metade dos anos 1960. Escrito por Cynthia Swanson, A vendedora de livros traz diversas referências da época e convida o leitor a imaginar a cidade na qual a história se passa.

Conheça seis livros que também descrevem cidades reais como cenários e até mesmo como protagonistas da narrativa:

Saga Millennium (Ed. Companhia das Letras, 2009 – 2017), de Stieg Larsson

A hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist se reúnem para resolver mistérios envolvendo a elite sueca. Estocolmo é o principal cenário para as aventuras da dupla. A trilogia se tornou um sucesso tão grande que o museu da cidade oferece o Millennium Tour para os fãs, uma visita guiada pelos locais descritos por Stieg Larsson. Larsson faleceu em 2004, antes da publicação dos livros. David Lagercrantz deu continuidade à série, que conta com mais dois volumes escritos por ele.

O código da Vinci (Ed. Arqueiro, 2004), de Dan Brown

Robert Langdon e Sophie Neveu precisam desvendar os códigos deixados por Jacques Saunière minutos antes de ser assassinado. A vítima era curador do Museu do Louvre e fazia parte de uma sociedade secreta. Recheado de referências a artistas e obras, o suspense é também um ótimo guia turístico. O leitor pode seguir os passos da dupla em Paris, Londres e Lothian (ao sul de Edimburgo), conhecendo lugares como a Igreja de Saint-Sulpice, a avenida Champs-Élysées, a Abadia de Westminster e a Capela de Rosslyn.

Lua nova (Ed. Intrínseca, 2008), de Stephenie Meyer

A saga Crepúsculo conquistou o público jovem com o romance entre o vampiro Edward Cullen e a humana Bella Swan. Em Lua nova, o segundo volume da série, Edward pensa que a amada está morta e decide dar um fim à sua existência também. Ele recorre aos Volturi, poderosos vampiros que vivem em Volterra, na região da Toscana. Desde então, os fãs da saga movimentam o turismo na pacata cidade, que chama atenção pelos túmulos etruscos e palácios renascentistas, além dos monumentos medievais.

A insustentável leveza do ser (Ed. Companhia das Letras, 2017), de Milan Kundera

Tomas, Teresa, Sabina e Franz lidam com amores e desamores enquanto o mundo acontece lá fora. Repleto de reflexões sobre a existência humana, o livro aborda questões relativas ao peso e à leveza da vida. Em pleno 1968, ano da invasão soviética à República Checa, Praga é o palco da história. A cidade também é protagonista do romance, uma vez que sofre com a tensão política e a opressão do período conhecido como Primavera de Praga.

Paris é uma festa (Ed. Bertrand Brasil, 2006), de Ernest Hemingway

Paris é uma festa reúne as lembranças de Hemingway da época em que morava na cidade, na década de 1920. O livro foi escrito entre 1957 e 1960 e publicado três anos depois da morte do autor, em 1964. Os cafés, os artistas e as festas regadas a jazz dão vida à boemia parisiense. Hemingway também revela aspectos pessoais de figuras que ele conheceu, como os então jovens Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound e F. Scott Fitzgerald. A viagem sentimental para a encantadora Paris dos anos 1920 é descrita com humor, saudade e ironia.

A cidade das flores (Ed. Civilização Brasileira, 1972), de Augusto Abelaira

A cidade das flores se refere à Florença do final da década de 1930, época na qual vigorava o regime fascista de Benito Mussolini. Um grupo de jovens luta pelos seus ideais enquanto precisa lidar com a repressão do totalitarismo. Apesar dos conflitos políticos, porém, o romance explora o esplendor renascentista de Florença e trata de temas como o amor, a arte e a amizade. Além disso, o livro foi escrito como uma crítica ao salazarismo, mas o autor situou a história na Itália para poder escapar da censura do regime português.

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