Haruki Murakami é um dos autores mais lidos no Japão e um dos mais traduzidos no mundo. Sua extensa obra, que abrange romances, contos e diferentes textos de não ficção, acumula prêmios há muitas décadas, tornando-o parte do seleto grupo de escritores mais vendidos reconhecidos positivamente pela crítica acadêmica. Já é comum vê-lo especulado, ano após ano, como candidato ao Nobel de Literatura.
Com um estilo de escrita tão único quanto lapidar, Murakami é conhecido por empregar em suas narrativas elementos da cultura popular globalizada e por abordar reflexões sobre temas universais, como família, sexo, amor, solidão e as infindáveis angústias humanas. Uma combinação que evoca cenários muito familiares para o leitor ocidental, mas que nunca perde sua aura tipicamente japonesa.
Um dos encantos mais evidentes de seus romances e contos está em aborda assuntos banais a partir de uma ótica que transcende a realidade. Seus protagonistas, geralmente homens de seus trinta e poucos anos, são indivíduos solitários e fora de sintonia com o mundo, prestes a embarcar em aventuras surreais e estranhamente redentoras, forçados a se verem (por vezes, literalmente) no fundo do poço para então atingirem um novo e libertador entendimento sobre a própria condição. Nesse arco de aventuras e desventuras fantásticas, não são raras imagens de pessoas sem rosto, chuvas de peixes e aparições em cenários oníricos. Tudo isso ao som de jazz. E cercado de gatos, muitos gatos.
Abaixo, indicamos três títulos para aqueles que desejam adentrar o universo de Haruki Murakami.
Ilustração: Sabrina Gevaerd
1. Norwegian wood (1988)
A reputação de Murakami deu um novo salto com a publicação de Norwegian wood (1988), um de seus romances mais celebrados, que vendeu cerca de dois milhões de exemplares à época e atingiu um público de diferentes gerações. Curiosamente, esse é o único de seus escritos de ficção sem elementos fantásticos, e elaborado como uma experimentação que nem o próprio Murakami sabia se encontraria êxito. Desde então, o autor emplacou inúmeros fenômenos de vendas e angariou um contingente de leitores fiéis.
2. Minha querida Sputnik (1999)
Nesta história de amor e mistério, Murakami revela um Japão de restaurantes sofisticados e cores vibrantes. A solidão e a fragilidade dos relacionamentos são protagonistas de Minha querida Sputnik, em que o autor constrói um triângulo amoroso ao mesmo tempo arrebatador e poucas vezes visto na literatura.
3. Kafka à beira-mar (2002)
Talvez por influência dos pais, professores de literatura, Murakami cultivou um especial apreço pela arte ocidental, e cresceu lendo autores como Gustave Flaubert, Kurt Vonnegut, Fiódor Dostoiévski, Richard Brautigan e Franz Kafka. Foi deste último que veio o nome do protagonista do romance. Com referências que vão do mundo pop japonês às tragédias gregas, Kafka à beira-mar é um dos projetos mais ambiciosos do escritor japonês.
Quer saber mais sobre a obra do autor? Assista ao evento online Introdução ao universo de Haruki Murakami, com Luara França e Fábio Bonillo:
Qual livro do autor desperta mais a sua curiosidade? Deixe nos comentários!
Ainda não li nenhum, mas estou pesquisando sobre ele. Com certeza futuramente , vou adquirir algum exemplar, pois minha curiosidade a respeito é grande.
Ainda não li nenhum livro desse autor. Mas estou determinada a ler, pois minha curiosidade a respeito é grande.
Penso que o livro “Minha Querida Sputnik”, me deixou um tanto curiosa! Quando tiver oportunidadej, hei de ler!!
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Kafka à beira-mar
Já li quase todos. A trilogia 1Q84 eu amei.
“O que eu falo, quando falo de corrida” é outro interessante. “,O incolor tzukuru tazaki” outro muito interessante. “Kafka à beira-mar”estupendo.
Aproveitando para parabenizar a administração TAG. Estou muito satisfeita com serviço estupendo de vocês. No último mês recebi uma amostra do café do Sul de Minas, com a griffe Melitta e porta filtro e filtro respectivamente.
Adorei o mimo, achei fantástico!
Muito obrigada!
Kafka à beira mar.
Gostaria de adquirir essa obra.
Eu amo ler e adoro a forma de huruk murakami se expressar nos seus livros.
Bonaserata. Li uma boa dose deles e gostei por demais da aura dos personagens , lembrando muito ” O Apanhador no Campo de Centeio”. Os dois últimos foram ” O assassinato do Comendador” 1 e 2 que não deixaram nada a dever.