Em maio, os associados da TAG Curadoria retornarão ao universo da literatura árabe após receberem, em fevereiro deste ano, o livro O alforje. O curador do mês é Milton Hatoum, sumidade dos romancistas brasileiros contemporâneos e habitual favorito ao prêmio Jabuti de melhor romance a cada lançamento. De origem libanesa, Hatoum guarda imenso carinho pela cultura oriental e indica uma pérola que foi considerada o romance árabe definitivo.
Escritor, tradutor e professor, Milton Assi Hatoum, nascido em Manaus, em 1952, é um dos mais célebres e premiados nomes da literatura brasileira contemporânea. Vencedor de prêmios Jabuti e inúmeros outros internacionais, tem livros traduzidos para doze idiomas e publicados em quatorze países. Apenas no Brasil, já vendeu mais de 200 mil cópias. Hatoum escreveu também ensaios e artigos sobre literatura brasileira e latino-americana para revistas e jornais do Brasil, da Espanha, França e Itália.
Sua obra é geralmente direcionada à reconstrução de memórias e experiências pessoais, resgatando também a origem libanesa do autor. Os universos e personagens construídos por Hatoum costumam envolver-se em conflitos familiares e com da Amazônia e do Oriente, havendo também espaço para críticas à esfera política – em especial à Ditadura Militar dos anos 1960 e 1970 no Brasil. É o caso de seu romance mais recente, A noite da espera (2017), primeiro volume da trilogia O lugar mais sombrio. A alusão ao período repressivo, no entanto, não deixa de traçar significativos paralelos com o momento atual da política brasileira – o que não fora planejado por Hatoum. “O Brasil parece ser sempre assim, caminha numa trajetória ascendente, com avanços sociais e, de repente, mergulha na desilusão, no desamparo”, comentou, em entrevista ao El País.
Saiba mais sobre a obra sudanesa indicada por Milton Hatoum ou associe-se à TAG Curadoria e receba o livro na sua casa.
