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Curiosidades literárias

Encontro de gerações: livros com protagonistas de diferentes idades

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O kit de agosto da TAG Inéditos levará aos associados do clube um romance vivo, surpreendentemente engraçado e cheio de ternura sobre uma amizade extraordinária entre dois personagens com uma grande diferença de idade, mas que se encontram em situações similares. A campanha para garantir a caixinha de agosto vai até o dia 08/08 e você pode ter a sua associando-se no site. Mas enquanto as caixinhas estão sendo preparadas para envio, leia outros livros que narram grandes amizades entre personagens de diferentes gerações.

 

Tomates Verdes Fritos no Café da Parada do Apito, de Fannie Flag

Publicado originalmente em 1987, a obra de Fannie Flagg tornou-se best-seller e ganhou uma adaptação para o cinema. O enredo começa com a história de Evelyn Couch, uma dona de casa que, ao acompanhar o marido em uma visita à sua sogra em uma casa de repouso para idosos, conhece Ninny Threadgoode, uma espirituosa senhora que também vive no local. A cada visita de Evelyn, a idosa lhe conta histórias sobre Idgie e Ruth, duas mulheres irreverentes que comandavam um célebre café na década de 1920. Ao relatar episódios que se passaram ao longo das décadas da vida de Idgie e Ruth, Ninny expõe para Evelyn suas perspectivas sobre a experiência de ser mulher, amizade e envelhecimento. A troca entre as duas reverbera em suas próprias compreensões a respeito de quem são, suas memórias e do sentido que dão à vida.

 

A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbery

O romance da filósofa e escritora francesa Muriel Barbery é um retrato da vida comum de moradores de um requintado prédio residencial em Paris. A mundanidade da rotina abastada da elite parisiense ganha profundidade quando a autora lança uma lupa sobre dois personagens: Renée, a reclusa e mal-humorada zeladora do edifício, que esconde em seu mundo particular um interesse profundo pela arte e pela literatura, e Paloma, a filha mais nova da família Josse, engolida por um sentimento crescente de inadequação e falta de sentido frente às mazelas dos pais e da irmã. Renée, uma mulher adulta, e Paloma, com apenas doze anos, ambas incompreendidas e isoladas em si mesmas, encontram-se no gosto pela filosofia e pela cultura japonesa, criando espaço para que cada uma possa se expandir em potência e alegria, resistindo à mediocridade predominante no prédio.

 

Um homem chamado Ove, de Frederik Backman

Após a morte de sua esposa, o pessimista e rabugento Ove tem sua vida invadida por um sentimento de ainda mais amargura e falta de sentido. Decidido pelo suicídio, ele falha sucessivas vezes em acabar com a própria vida, interpelado por vizinhos que o perturbam constantemente com interações indesejadas. A mudança de uma família para a casa do outro lado da rua – o casal Patrick e Parvaneh e seus dois filhos – muda os planos do protagonista. A mulher, uma jovem e carismática recém-chegada, se aproxima de Ove ao pedir suas ferramentas emprestadas e algumas caronas até o hospital. Aos poucos, os bloqueios do personagem vão se suavizando conforme eles constroem um vínculo de amizade.

 

A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak

Ambientado na Alemanha nazista, o best-seller conta a história da menina Liesel Meminger sob o olhar de uma narradora muito peculiar: a Morte, que relata a trajetória da alemã entre 1939 e 1943. Após ser separada de sua mãe, que estava fugindo dos nazistas, e perder seu irmão mais novo, Liesel passa a viver com uma família adotiva. Algumas das passagens mais ricas da história falam a respeito da amizade que nasce entre a menina, ainda criança, e Max, um judeu que seus pais adotivos escondem no porão de casa. Sua relação com o pai adotivo também é uma bela história de cumplicidade entre gerações: ao ensinar Liesel a ler, ele permite que a menina alivie a dor de seus medos e traumas mergulhando nas histórias dos livros que rouba. A obra foi adaptada para o cinema em 2014 pelo diretor Brian Percival.

 

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