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Curiosidades literárias

Como Chico Buarque conquistou Paul Auster

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Em 2005, em Nova York, Paul Auster sentou-se no palco da primeira edição do Pen World Voices Festival, um festival literário de livre expressão que reúne grandes escritores para debater literatura com o público geral. Ao seu lado, para ser entrevistado, estava sentado um conhecido nosso: Chico Buarque.

“Eu li a tradução para o inglês de Budapeste e devo dizer que é um romance maravilhoso, que recomendo enfaticamente”, disse o escritor norte-americano, autor de vários livros de sucesso, como A trilogia de Nova York (1987), Timbuktu (1999) e A noite do oráculo (2004).

Após o elogio introdutório a Budapeste, romance que Chico havia publicado dois anos antes, o escritor brasileiro contou como se dava seu processo de escrita. “Eu acho que eu escrevo meus romances como um músico, como se uma trilha sonora estivesse constantemente embalando meus pensamentos, e talvez eu tenha uma necessidade inconsciente de escrever de uma forma musical, como se escolhendo as palavras para uma melodia que eu havia criado. Escrevo e reescrevo até encontrar o ritmo correto”. Nessa hora, Auster interrompe em concordância, e ratifica que percebe na escrita de Chico Buarque não somente sensações intelectuais, mas quase físicas, como a vibração de um instrumento passando pelo corpo.

Quem quiser acatar a recomendação de Auster e conhecer a obra literária de um de nossos principais músicos, pode começar por Budapeste (2003) ou O Irmão Alemão (2014), dois de seus mais aclamados sucessos.

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