Alguns livros de memórias parecem ficção. Exemplo disso é o que a TAG Inéditos enviou em novembro, Existo, existo, existo, de Maggie O’Farrell. A autora escreve sobre seus 17 encontros com a morte, em uma narrativa eletrizante e vira-páginas – que pode nos fazer esquecer, às vezes, que se trata de uma história real.
Leia cinco livros de não ficção escritos por mulheres:
O diário de Anne Frank (Ed. Geek, 2016), de Anne Frank
Este clássico foi escrito entre 1942 e 1944, antes de Anne Frank, uma das figuras mais discutidas do século XX, ser enviada para os campos de concentração nazistas. De origem judaica em plena Segunda Guerra Mundial, ela se escondeu por dois anos com sua família e mais um grupo de pessoas em um anexo secreto junto ao escritório de seu pai, Otto H. Frank, em Amsterdam. Além de narrar os momentos e as dificuldades vivenciadas no confinamento, Anne também se mostra apenas uma adolescente apaixonada pela vida.
O ano do pensamento mágico (Ed. HarperCollins, 2018), de Joan Didion
Vencedora do National Book Award na categoria de não-ficção, esta obra fala sobre a necessidade de enfrentarmos os momentos em que tudo o que amamos parece escorrer por entre nossos dedos. Com um estilo envolvente e emocionante, Joan Didion, aclamada jornalista e escritora norte-americana, narra a doença de sua única filha e o período de um ano que se seguiu à morte de seu marido, o também escritor John Gregory Dunne. A autora entrega um relato sobre a superação, a vida e as relações familiares.
Livre (Ed. Objetiva, 2014), de Cheryl Strayed
Após a morte de sua mãe, a família de Cheryl Strayed se distanciou e seu casamento desmoronou. Aos 26 anos, sem nada a perder e sem experiência nenhuma no esporte, Cheryl decidiu caminhar sozinha 4.200 quilômetros da Pacific Crest Trail, trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos. A jornada solitária em busca de um recomeço durou cerca de três meses, inspirando este best-seller número um do New York Times e um filme homônimo estrelado e produzido por Reese Witherspoon (Legalmente loira e Johnny & June) em 2014.
Comer, rezar, amar (Ed. Objetiva, 2016), de Elizabeth Gilbert
Com uma carreira, um marido e uma casa, Elizabeth Gilbert tinha tudo o que uma mulher bem-sucedida, supostamente, poderia querer. Mas ela não se sentia realizada. Em meio ao divórcio, a uma depressão e a outro amor fracassado, ela decidiu mudar radicalmente sua vida, deixando emprego e bens materiais para trás. Sozinha, partiu em uma viagem de autoconhecimento por um ano, passando por Itália, Índia e Indonésia. Best-seller número um do New York Times, inspirou o filme homônimo protagonizado por Julia Roberts em 2010.
O castelo de vidro (Ed. Globo, 2017), de Jeannette Walls
Sete anos na lista de mais vendidos do New York Times, esta obra revela a vida de uma família peculiar. Com um pai que ensinava física e geografia a seus filhos quando sóbrio e uma mãe que tinha o espírito livre, os irmãos Walls aprenderam a cuidar de si mesmos e uns dos outros. Enquanto eles conseguiram prosperar em Nova York, seus pais decidiram pela liberdade de viver nas ruas. Permeado pelo amor intenso de um “lar” disfuncional, o livro reúne as memórias, as experiências e a luta da jornalista Jeannette Walls pela sobrevivência.
Angela’s Ashes. O melhor de todos!